REVISTA WAMON LANÇA CHAMADA DE TEXTOS PARA O DOSSIÊ “GÊNERO, RAÇA E SEXUALIDADE: MULHERES NEGRAS, HOMENS NEGROS, LGBTQIA+, POPULAÇÕES SUBALTERNIZADAS NAS ETNOGRAFIAS CONTEMPORÂNEAS”
Período de submissões: 15 de maio a 31 de agosto de 2023.
Organizadores: Juliana Chagas (UnB) e Ozaias Rodrigues (UFAM).
Convidamos pesquisadores da Antropologia e de áreas afins que articulem em seus trabalhos a Interseccionalidade entre raça, gênero e/ou sexualidade em etnografias realizadas desde o Norte e o Nordeste do Brasil para publicação de artigos, ensaios, entrevistas e ensaios etnovisuais no dossiê Gênero, raça e sexualidade: mulheres negras, homens negros, LGBTQIA+, populações s
Entendendo que raça e os processos de racialização se configuram como construção social que se intersecciona com gênero, sexualidade e muitos outros marcadores sociais, promovendo sentidos próprios às constituições subjetivas e coletivas de grupos historicamente compreendidos como minorias sociais subalternizadas - em provocação-convite ao debate com/contra a ideia de "populações subalternas" -, constitutivas de socialidades contra hegemônicas.
Desse modo, convidamos ao diálogo com as categorias centrais propostas, tecendo conexões com outras questões, recortes e especificidades geográficas, bem como com categorias empíricas e analíticas diversas que ressoem com a proposta apresentada. Assim, mulheres e homens negras/as, sejam acadêmicas/os ou não, mães, pais, cis, trans, solteiras/os, casadas/os, pessoas com deficiência, periféricas, gordas/os, lésbicas, heterossexuais, bissexuais, idosas/os, jovens, faveladas/os ou não, são o foco de muitos trabalhos acadêmicos que articulam raça, gênero e sexualidade, visando a refletir sobre as mais diversas experiências desses grupos. Assim também, as pesquisas podem focar em outras formas de racialização e genderificação, podendo pensar nas populações indígenas, quilombolas, ciganas, de terreiro, população LGBTQIA+, etc. e seus processos de subjetivação.
Por fim, buscamos, sobretudo, pesquisas e experiências de jovens antropólogas/ues/os das regiões Norte e Nordeste, entendendo que a/e/os mesma/e/os devem ter suas pesquisas publicadas e divulgadas amplamente, no sentido de reivindicar a necessidade de uma equidade regional da circulação das etnografias contemporâneas, bem como expressar e fortalecer a diversidade da Antropologia feita no Brasil.
Sobre os organizadores
Juliana Silva Chagas é doutoranda em Antropologia Social na Universidade de Brasília (UnB). Mestra em Antropologia (PPGA/UFC-Unilab). Bacharela em Ciências Sociais (UFC), com ênfase em Antropologia. Bacharela em Tecnologia em Hotelaria (IFCE). Integrante do Laboratório de Estudos em Economias e Globalizações (LEEG), vinculado ao Departamento de Antropologia da UnB. Integrante do coletivo de discentes negras e negros do PPGAS/UnB, Coletivo Zora Hurston. Pesquisa identidades e sexualidades dissidentes a partir da arte, processos de subjetivação, moda e estética afro, práticas comerciais não hegemônicas, sentidos de economia no quilombismo, transformações econômicas no pós-capitalismo. Áreas de interesse: Antropologia da Arte; Antropologia Econômica; Narrativas e Trajetórias; Antropologia das Populações Afro-brasileiras.
Ozaias da Silva Rodrigues é doutorando em Antropologia Social na Universidade Federal do Amazonas (UFAM). Mestre em Antropologia (UFC/UNILAB). Licenciado pleno em História (UFC). Licenciando em Ciências Sociais (Anhembi Morumbi). Especializando em História e Cultura no Brasil Contemporâneo (UFJF). Associado pós-graduando na Associação Brasileira de Antropologia (ABA). Membro voluntário do Memorial Inumeráveis, integrante do Laboratório de Antropologia da Vida, Ecologia e Política (CoLar), membro do Núcleo de Pesquisas e Estudos sobre o Fenômeno Religioso Tierno Bokar e do projeto de extensão Pandemias na Amazônia. Pesquisa afoxés cearenses, direitos humanos e igualdade racial, racismo religioso e intolerância religiosa, políticas públicas das comunidades remanescentes quilombolas, povos tradicionais cearenses e relações étnicorraciais.
Sobre a Revista
A Wamon é a revista científica des alunes do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da Universidade Federal do Amazonas (PPGAS/UFAM), criada em 2012, possui conceito B2, pela avaliação mais atual da Capes. A Wamon surge com a prerrogativa de publicar artigos originais a partir de estudos e pesquisas realizadas nas áreas de Ciências Humanas e Sociais, se consolidando assim enquanto uma referência para pesquisadores e profissionais do campo antropológico na Amazônia.
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